Rejane Tamoto

Categorias
Artigos

Tem veículo? Saiba se vale aproveitar os descontos nas taxas e no IPVA

A partir desta segunda-feira (04/01) é possível acessar descontos na taxa de licenciamento e no Imposto sobre Propriedade de Veículos Automotores (IPVA).

Por causa do reajuste que ocorreu neste ano, o desconto na taxa de licenciamento será maior, de 40% para quem pagar até o dia 14 de janeiro. Assim, quem optar pelo licenciamento antecipado pagará R$ 98,91 em vez de R$ 131,80 – valor que passa a valer a partir do dia 15.

Já o desconto de quem paga o IPVA antecipadamente e à vista é menor, de 3%. Neste ano não será cobrado o valor referente ao seguro DPVAT.

Muitos me perguntam se vale a pena pagar tudo antecipadamente para aproveitar os descontos. A resposta é sim, desde que a pessoa tenha reservado o valor para honrar esses compromissos de início de ano.

Também vale a pena sacar da reserva de emergência e quitar tudo com desconto. Isso porque o rendimento de aplicações em renda fixa, como a poupança, não são maiores do que os descontos oferecidos nessas taxas.

Para quem não vale a pena? Para o endividado, quem não guardou dinheiro para essas despesas ou não tem reserva de emergência para utilizar.

E nada de pegar empréstimo ou usar o limite do cartão e do cheque especial. Com certeza, pagará mais juros do que vai economizar nessas taxas e impostos.

Nesse caso, o melhor é aproveitar o começo de ano para organizar o orçamento e pagar o licenciamento e o IPVA dentro do prazo, de acordo com a placa do seu veículo. Vale parcelar o imposto, mas não vale pagar multa por atraso.

E para quem é da época do papel, como eu, um lembrete: todos esses pagamentos devem ser efetuados pelo internet banking ou caixa eletrônico, já que desde o ano passado o boleto não é mais enviado para casa pelo correio.

Categorias
Artigos

6 tendências para o novo normal nas finanças pessoais

Sempre há algum aprendizado a extrair de experiências, por mais duras que elas sejam. Nesse ano que termina, foi necessário aprender rapidamente a praticar as lições que os manuais de finanças sempre ensinaram, entender a importância de saber para onde o dinheiro ia, de poupar para se proteger das incertezas… Enfim, de aprender a corrigir as rotas, revisar planos, rever necessidades e valores.

Na hora de olhar para frente, penso que se houver um novo normal na forma como olhamos para as finanças pessoais, seis tendências podem ter chegado para ficar.

 

1- A emergência é real, reserva é necessidade

O ser humano tem a tendência de achar que o imprevisto não acontece com ele, só com o vizinho. A pandemia fez de profissionais autônomos, empreendedores a empregados com carteira assinada verem o salário diminuir. Isso foi menos assustador para quem tinha uma reserva de emergência, que deve ser usada exatamente em momentos como esses.

Quem tinha reserva conseguiu elaborar estratégias para preservá-la. Uma cliente decidiu oferecer descontos especiais na pandemia e logo viu a renda subir novamente. Muitos outros, que acompanho de perto, revisaram o orçamento e descobriram que podiam viver com menos. Comento mais sobre estratégias para a reserva em artigo publicado na coluna da Planejar na Época Negócios, que também foi selecionado para representar o Brasil no site do Financial Planning Standard Boards – entidade responsável pela certificação CFP® no mundo.

2- Recompor a reserva para pular qualquer onda

Antes de viver esse ano excepcional, era comum ver pessoas que demoravam a recompor a reserva mesmo quando a utilizavam de forma programada – como o período de férias para quem é autônomo, por exemplo.

Esse é um comportamento que está mudando e tende a mudar, diante da possibilidade de outras ondas ou mesmo de outros eventos como a pandemia acontecerem. Então a lição de recompor a reserva usada também veio para ficar.

3- Usar o lado frio da cabeça ao analisar seus investimentos

Esse parece ser o aprendizado mais difícil, porque dinheiro é emoção, e quando está investido então, nem se fala. Em outubro, quando a pandemia completava por aqui oito meses, um cliente perguntava angustiado se só a carteira dele não tinha se recuperado totalmente das quedas de março. Eu respondi que as carteiras que têm uma parcela de investimentos em ações e outros ativos que oscilam também estavam em processo de recuperação, mas que ela não havia chegado totalmente.

Naquele momento quem tinha um resultado positivo no acumulado do ano foi quem decidiu diversificar em fundos ações e multimercados bem no mês em que tivemos quatro circuit breakers. Essas pessoas usaram o lado frio da cabeça para tomar essa decisão, não se deixando levar pelo pânico daquele momento de queda livre.

Foram muitas as conversas para ajudar as pessoas a racionalizar a experiência daquele mês e protegê-las de perdas reais. Esse é um aprendizado importante e que deve ser exercitado também quando o mercado vai bem, momento em que é comum ver pessoas mais dispostas a investir em aplicações mais arriscadas.

Nesse caso, é preciso fugir da tentação de aumentar a parcela em investimentos mais arriscados por causa do momento bom. É uma lição que deve ser levada para todos os anos.

4- Foco no que você pode controlar traz felicidade

O mercado vai recuperar? E se cair de novo? Quando todos serão vacinados? E a economia? São muitas as dúvidas que esse grande evento deixou, algumas difíceis de prever. Tudo isso gera ansiedade e nos tira do foco principal, que é cuidar do dinheiro para ter paz.

Controlar as despesas pode ser trabalhoso, pois requer anotações, categorização, organização. Mas quem fez essa lição conseguiu descobrir que gastava com o que não precisava, e deixava de gastar com o que traz felicidade. E isso, a forma como emprega os recursos, é o que realmente você pode controlar.

A boa e velha planilha foi muito importante para muitas pessoas anteverem como ficaria a vida com possíveis quedas de renda. Ajudou outras a poupar mais. O controle ajudou a deixar a cabeça menos preocupada com o que podia acontecer na vida financeira. E mais livre para pensar em oportunidades de gerar renda extra ou de se reinventar.

5- Proteger faz parte do jogo

Falar sobre morte é um tabu, quase ninguém gosta. E de dinheiro também. A conversa sobre o que pode acontecer economicamente com os dependentes em caso de falecimento nunca foi fácil. Há quem já feche a cara só de ouvir a palavra “seguro”.

No entanto, a Covid-19 tornou esse assunto quase inevitável. Dados da Susep mostraram que o faturamento com a venda de seguros de vida cresceu quase 12% de janeiro a setembro. A pandemia nos lembra que os seguros podem garantir a nossa proteção e a dos dependentes.

Seguros podem proporcionar um certo conforto em casos de invalidez ou de tratamentos para uma doença grave. Há também coberturas que repõem a renda de profissionais autônomos ou liberais em caso de doença que impossibilite o trabalho. Gestão de risco entrou para a conversa de forma mais recorrente.

6- Contra o isolamento financeiro, serviços profissionais

Em um ano em que os juros reais estão negativos e a inflação termina o período bem pressionada, só nos resta diversificar os investimentos para obter resultados melhores. Em 2020, o maior risco foi o de ficar parado em alguma aplicação sem oscilação nenhuma e não repor o poder de compra do dinheiro. Também foi o ano em que vi muitas pessoas buscando informações na internet sobre qual aplicação seria a próxima bola da vez.

É um cenário de investimento mais complexo e que exige gestão profissional e diversificação. Investir bem requer o conhecimento específico, e um trabalho prévio bem feito no sentido de definir objetivos e prazos para o investimento, dentro do perfil de risco de cada um. Buscar serviços profissionais nunca foi tão importante como agora.

O serviço de planejamento financeiro destacou-se para ajudar a evitar perdas, aumentar os ganhos e, principalmente, voltar a ter uma perspectiva. Nada melhor do que atravessar um momento ruim, com foco em um plano. E 2021 começará com esse equilíbrio entre viver o presente, sem deixar de lado o nosso futuro, que também depende de nós.

Categorias
Artigos

“Devo sacar aplicação para cobrir despesas durante a pandemia ou melhor pedir um empréstimo?”

A redução ou perda de renda durante a pandemia deve ser tratada de forma cuidadosa no seu planejamento financeiro. A reserva de emergência deve ser utilizada em momentos como esse. Mas antes de acessá-la, faça uma revisão de todas as suas despesas e receitas. Assim terá um retrato detalhado da sua vida financeira para reduzir custos e trazer mais eficiência para sua vida.

Você pode fazer isso ao montar um fluxo de caixa, que é a anotação de receitas líquidas (sem impostos) e despesas em planilha eletrônica, aplicativo ou caderno. Ao anotar as despesas, procure categorizá-las dentro de cada um dos grupos: moradia, alimentação, comunicação, saúde, educação, transporte, lazer e despesas pessoais.

Faça uma análise e escolha quais dessas despesas poderá renegociar ou trocar por outra de menor valor durante a pandemia. É o caso de planos de internet, telefone e TV, que podem ser trocados por meio de portabilidade. Avalie a possibilidade de reduzir contas de energia ao aderir à tarifa branca. Investigue se há desperdícios nas despesas de alimentação e elimine-as. Renegocie aluguel e dívidas.

É também o momento de olhar para o que você não usa e vender, convertendo objetos esquecidos em dinheiro. Faça uma previsão das receitas e dos gastos futuros e assim terá um orçamento.

Depois disso, é provável que o valor que você pensou em pedir emprestado ou resgatar de sua aplicação diminua. E isso pode ser considerado um ganho, seja porque seus investimentos durarão mais tempo, ou porque você vai comprometer menos o seu futuro.

Mas vamos voltar à sua dúvida: usar o dinheiro aplicado ou pedir empréstimo?

Confira o artigo completo e exclusivo para a Época Negócios, na coluna Seu Planejamento Financeiro da Planejar – Associação Brasileira de Planejadores Financeiros.

Categorias
Artigos

Há parasita em suas finanças?

Parasita, vencedor do melhor filme do Oscar 2020

Parasita é um organismo que vive em outro organismo (hospedeiro), dele retirando seu alimento e geralmente causando-lhe dano, segundo a definição do dicionário. Também é o nome do filme coreano que levou 4 estatuetas do Oscar neste ano. As relações com o dinheiro e, principalmente, entre classes sociais extremas, são a linha condutora da história, que mistura comédia, drama e terror.


Confesso que assisti a primeira metade torcendo para que ali houvesse um planejador financeiro para conduzir a família Ki-Taek. Um dos integrantes até pensa em fazer um pequeno plano financeiro para ingressar em uma universidade, mas o filme começa a revelar uma surpresa atrás da outra. E mostra que, no fundo, o buraco dos conflitos financeiros é mais embaixo. Mas a palavra parasita não saiu da minha cabeça no último mês e depois da premiação.


Quando olho para a vida financeira de indivíduos e famílias, que afirmam ter muita dificuldade para alcançar objetivos, é comum identificar os parasitas responsáveis por tais dificuldades.

Cheque especial

O mais faminto deles são os juros do cheque especial. A pessoa que usa o limite do cheque especial com frequência se alimenta dele, mas na verdade ele se alimenta em volume muito maior da pessoa que o utiliza.


É um parasita e tanto. “Ah, mas os juros baixaram por causa de uma medida do Banco Central.” É verdade, mas esses juros continuam elevados. Quem vive usando o cheque especial vive acima da capacidade e, com o tempo, passa a dever muito mais o que ganha.

Juros do rotativo

O parasita irmão do cheque especial é o rotativo – que são os juros do pagamento mínimo da fatura do cartão de crédito. Uma vez que ele se instala na sua fatura, você deve tomar medidas rápidas para desalojá-lo, sob o risco de ter uma dívida do tamanho de uma bola de neve.

Taxas e mais taxas

Existem também os parasitas pequenininhos, que aparentemente são inofensivos e que naturalmente estão no nosso sistema. É o caso das taxas que se instalam na conta bancária, na fatura do cartão de crédito e até nos seus investimentos.


São aquelas taxas elevadas e mensalidades de serviços que você às vezes nem usa e comem um pedaço dos seus ganhos todo mês. É um parasita que atrapalha a sua capacidade de poupança e a possibilidade de investir mais para realizar seus projetos.


Há remédios para combater esses parasitas, mas é recomendável obter o receituário médico do especialista em saúde financeira: o seu planejador financeiro.

Categorias
Artigos

E se Marie Kondo abrisse o armário da sua vida financeira?

A forma como lidamos com nossas finanças é mais parecida com o nosso comportamento em relação aos armários da nossa casa do que imaginamos.

Talvez por ser mulher, ter descendência japonesa ou mania de organização, encontro sempre alguma dica aplicada às finanças nos episódios de Ordem na Casa com Marie Kondo, cuja primeira temporada está disponível na Netflix.

Para quem não conhece, na série de apenas oito episódios, a japonesa especialista no assunto aplica um método próprio de organização na casa de pessoas em diferentes momentos de vida.

Em comum, a maioria dos candidatos a receber o método estão em fase de transição: recém-casados, morando em uma nova cidade, viúvos, recém-aposentados, à espera do primeiro ou de mais filhos e quem não mora mais com filhos.

Marie conta que seu método, o KonMari, tem como diferencial organizar uma casa por categorias e não por áreas. A primeira categoria a ser colocada em ordem é a de roupa, seguida por livros, papéis, itens variados (de banheiro, cozinha e garagem) e, por último, os itens de valor sentimental.

Mais interessante que o método é como ela conduz cada participante a atravessar essa difícil jornada emocional que é organizar aquilo que sempre escondemos dentro de casa. É aí que encontrei um paralelo com o planejamento financeiro.

O ato de tirar tudo do lugar para escolher o que fica e o que sai pega em cheio as emoções das pessoas, assim como acontece na hora abrir os extratos e separar os gastos por categoria (moradia, alimentação, transporte, lazer, saúde, previdência etc), para então decidir o que fica e o que sai.

Podemos concluir que é tão difícil desapegar de objetos quanto de hábitos financeiros.

ROUPAS E GASTOS: FIQUE SÓ COM OS QUE SERVEM

No método da japonesa, ela orienta que as pessoas toquem cada uma das peças de roupa e fiquem só com aquelas que realmente trazem um sentimento de felicidade.

No planejamento financeiro, fica a dica de “Marie-Rejane”: olhe para cada linha de despesa e se pergunte se isso realmente te faz bem ou se você gasta porque não teve tempo de fazer diferente / porque estava estressado no dia / ou se já está há um tempão precisando cancelar, mas sempre esquece.

A verdade é que, se você procurar, verá que não usa tudo (incluindo objetos) que tem nos armários de casa. O mesmo acontece com os gastos.

Usando o jargão das finanças comportamentais, armários e orçamentos ficam assim por causa de um viés chamado status quo – o nome até é pomposo, mas pode ser nocivo: trata-se do comportamento de deixar tudo como está e evitar mudar as coisas de lugar. É o famoso “está bom do jeito que está”.

LIVROS, PAPÉIS E INVESTIMENTOS: PENSE NO QUE QUER PARA SEU FUTURO AO ESCOLHÊ-LOS

Outro item que se acumula em gavetas, armários, estantes e prateleiras na casa das pessoas são livros e papéis diversos (cartões, documentos importantes e até aqueles que estão lá para recordação).

Marie Kondo orienta a fazer uma montanha deles, dar um tapinha para acordá-los e, ao pegar cada um, se perguntar se refletem os seus valores e quais benefícios você acha que podem trazer ao seu futuro.

O comportamento com livros pode se repetir diante de aplicações financeiras. É comum encontrar pessoas que investiram o dinheiro em aplicações financeiras que não fazem sentido para o que elas desejam para elas no futuro. Fica a reflexão.

COMO ESSAS SITUAÇÕES FAVORECEM SENTIMENTOS DE UNIÃO,  DOAÇÃO E ACEITAÇÃO

Assim como no processo de organização de um lar, no qual flagramos os participantes frustrados por não conseguirem desapegar de objetos, também é comum que, numa família ou no casal, alguém paralise enquanto organiza a vida financeira.

Marie diz que este momento é uma oportunidade de um ajudar o outro e de descobrir se todos compartilham dos mesmos valores. Arrumar a casa e a vida financeira fortalece esses laços invisíveis.

Em famílias com muitas crianças pequenas, a organizadora recomenda que elas sejam integradas ao processo e sejam chamadas a brincar de dobrar roupas e guardar objetos.

 No planejamento financeiro, a brincadeira é criar um jogo ou competição para que guardem moedas no cofrinho, protegendo-o, para no final obter um grande prêmio.

O resultado da organização é que casas antes entulhadas ficam lindas e cheias de caixas, lotadas de objetos que podem ir para a doação de alguma causa que a pessoa apoia.

Outra alternativa que Marie não explora é a possibilidade de vender objetos que estão novos e nunca foram usados. Com o dinheiro da venda, compre algo que precisa e invista o restante.

Muitas vezes a pessoa se sente culpada por nunca ter usado uma roupa ou objeto e não consegue se desfazer por isso.

Para diminuir esse sentimento de culpa, o método da japonesa recomenda um agradecimento a todos os itens antes que eles sejam descartados. Agradeça por eles terem ensinado a você que eles não fazem mais parte do seu estilo.

O fim de todo episódio mostra o sentimento de satisfação dos residentes de cada casa com o espaço livre e bonito que ganharam depois de todas as dificuldades.

 No fim de um processo de planejamento financeiro, o sentimento é muito parecido: a satisfação de ter liberdade financeira para viver bem hoje e, ao mesmo tempo, saber que é capaz de realizar amanhã sonhos que até então estavam guardados em gavetas esquecidas.

Categorias
Artigos

O que Game of Thrones tem a ensinar sobre planejamento financeiro

Reserva de emergência, investimentos de longo prazo e gestão de dívidas. O que aprender a fazer e a evitar com as três mais poderosas casas da trama

 A série de maior sucesso de todos os tempos da HBO não se resume a dragões, caminhantes brancos, estratégias políticas, guerras, romance e valores morais.

Ao longo de oito temporadas, GoT também trouxe importantes reflexões sobre planejamento financeiro. Como esse é meu clube, não pude deixar de prestar atenção em algumas práticas e filosofias que são úteis para todos nós, e também nas falhas nessa área cometidas por cada uma das casas.

ATENÇÃO: não se preocupe com os spoilers, mas sim em como as dicas a seguir podem mudar seu olhar sobre suas finanças

TENHA UMA RESERVA DE EMERGÊNCIA TÃO FORTE QUANTO A DA CASA STARK

A tradicional e mais poderosa família do Norte de Westeros tem experiência em atravessar longos e tenebrosos invernos. Sob o bordão “o inverno está chegando”, está sempre acumulando estoques de comida para esses períodos.

No planejamento financeiro, é o que chamamos de reserva de emergência ou colchão de segurança. É o dinheiro que você tem à mão para imprevistos, mas também durante períodos programados de poucos ganhos (para quem é autônomo).

Apesar de todas as perdas da família, nesta última temporada ela mostrou o quanto sua reserva de emergência estava robusta, capaz de alimentar ao menos quatro exércitos (Norte, Imaculados, Dothrakis, Selvagens) e dois dragões, que apareceram por lá antes da batalha da Longa Noite.


O que não fazer como os Stark: desde a morte do patriarca, a família entrou em uma espiral de perdas que no final fortaleceram os sobreviventes. O principal erro que a família cometeu foi o de deixar a emoção tomar o controle e não cumprir a promessa de casamento de Robb com a filha de Walder Frey. Apesar de ser forte em reserva de emergência, os Stark não tinham um bom plano de sucessão – um plano B mesmo para o caso de morte dos sucessores-chave.

PAGUE SUAS DÍVIDAS EM DIA, COMO A CASA LANNISTER

Eis uma casa que chegou ao poder e nunca mais saiu porque tem uma relação muito boa com o banco de Braavos. “Um Lannister sempre paga as suas dívidas”. Com esse bordão, sempre teve acesso fácil ao crédito do banco central para investir em um reinado forte.

Além disso, aliou-se a casas com bastante ativos, como ampla oferta de alimentos e soldados. No planejamento financeiro, recomendamos que dívidas devem ser estratégicas, de preferência em ativos que geram retorno, e pagas em dia.

O problema da família foi justamente sua ganância e sede infinita de poder, que a fez também ser a vilã da série. O que não fazer como a casa Lannister é justamente não querer tudo, indiscriminadamente, sem oferecer nada em troca.

As atitudes do patriarca e de Cersei Lannyster não consideraram as reações. O grande declínio da família foi a perda não só do patriarca, mas de todos os sucessores do trono, fruto do acúmulo de inimigos que Cersei construiu. Ela pode até permanecer no poder, mas sem a maior riqueza da vida dela: os filhos. Será feliz assim?

FAÇA INVESTIMENTOS DE LONGO PRAZO, COMO A CASA TARGARYEN

Danaerys Targaryen, até então a única representante de uma casa aniquilada antes mesmo do início da série, começou do nada.

Foi exilada, estuprada, perdeu o bebê e o marido no mesmo dia e é a representação da Fênix da trama: um belo dia saiu das cinzas com três pequenos dragões.

É a parte fantasiosa de GOT, mas não deixa de mostrar a importância da visão de longo prazo.

A personagem investiu na criação dos dragões e angariou pessoas não só com a força do fogo, mas com o poder do discurso e do senso de propósito.

Conquistou exércitos e seguidores para atingir o grande objetivo de vida: tomar o trono de ferro que pertence a ela.

No planejamento financeiro, a lição da personagem é justamente fazer um investimento de longo prazo e seguir um plano, implementando-o de forma gradual e consistente, não importa se no caminho houver obstáculos.

Outra boa prática foi ouvir conselheiros para não deixar as emoções atrapalharem suas decisões. Vamos ver se isso se sustenta no fim dessa temporada!

O que não fazer como a personagem: ela tinha nas mãos investimentos de alto retorno, criaturas capazes de destruir exércitos inteiros de uma vez. E teve altas perdas por não ter feito uma boa gestão de risco. Faltou à Danaerys um seguro para proteger os seus dragões – é claro que não é aquele das seguradoras! – mas uma estratégia de proteção contra armas letais, pois apesar de parecerem, eles não são invencíveis.

Categorias
Artigos

PREVIDÊNCIA e as meias verdades que impedem você de garantir o seu futuro

Sobram informações sobre finanças pessoais e investimentos nas redes e cada vez mais será assim. Isso é bom porque mostra que o brasileiro quer ser o protagonista da própria vida financeira.

O engraçado é que, quanto mais informação circula, mais vejo gente perdida sobre o que fazer com aquele recurso que está parado na caderneta de poupança ou mesmo na conta corrente.

Razões não faltam, já que sobre um mesmo produto financeiro há chances de encontrar informações bem diferentes. Eu, que escrevia matérias sobre o assunto, sempre comparei essas nuances nas minhas pesquisas.

Na tentativa de simplificar tudo, alguns conteúdos rápidos deixam na cabeça das pessoas o que chamo de meias verdades. Uma comum é essa:

“Fundo de previdência privada é sempre cilada”

Espero que esse texto traga mais esclarecimentos do que dúvidas e ajude você a tomar decisões boas para o seu caso.

Como eu sempre digo: em finanças, para cada caso há uma recomendação.

Já li muito por aí que colocar dinheiro em fundo de previdência privada é cilada. Porque isso é uma meia verdade? Porque depende de uma série de fatores. Vamos a cada um deles.

Pode ser uma verdade completa se o fundo tiver uma gestão de ruim para péssima (como costumo ver em alguns bancos!) e um custo alto. Ou seja, uma péssima combinação.

Em muitos casos, quem tem um fundo de previdência assim fez a aplicação por recomendação do gerente do banco, que provavelmente estava precisando cumprir uma meta. Então, a má fama do fundo de previdência privada pode ser creditada ao vendedor e não ao produto.

ATENÇÃO AO OBJETIVO

A aplicação em um fundo de previdência privada dependerá do seu objetivo.

É verdade que é uma cilada se você recebeu uma rescisão e colocou tudo em um fundo de previdência. Também é uma cilada para quem investiu neste produto, mas não constituiu uma reserva de emergência, que é aquele recurso de fácil resgate para imprevistos ou para quem queria apenas investir para trocar de carro ou de imóvel nos próximos anos. Em ambos os casos, na hora do resgate poderá pagar uma alta alíquota de Imposto de Renda. Cilada, né?

Percebeu como o objetivo faz toda a diferença na escolha de um investimento? Lembre-se sempre: fundo de previdência não tem esse nome à toa.  

Não é nem meia verdade, mas é mentira que fundo de previdência é uma cilada para quem está querendo criar uma reserva financeira para curtir e viver bem a sua longevidade.

Por que é mentira que fundos de previdência privada sempre são uma cilada?

VERDADES VERDADEIRAS

Porque fundos de previdência têm vantagens únicas. Se o objetivo é poupar para ter independência financeira na aposentadoria, só em um fundo de previdência você pode escolher pagar apenas 10% de alíquota de Imposto de Renda. É a MENOR que existe, imbatível.

Melhor do que isso, só aplicações financeiras isentas – a diferença é que elas não terão a diversificação (lembra de nunca colocar os ovos na mesma cesta?) feita por uma gestão profissional, que só pode existir dentro de um fundo de previdência privada.

Gestão é muito importante para a geração de retorno, pois proporciona uma combinação de investimentos de longo prazo com alocações táticas para aproveitar bons momentos de mercado.

Fundo de previdência privada pode ser parte de uma estratégia de sucessão. O recurso pode ter como beneficiários os seus dependentes, facilitando todo o processo comum de inventário. Em alguns estados, a parcela em fundo de previdência privada não entra em inventário, o que reduz o CUSTO da sucessão.

Em um fundo de previdência existe a possibilidade de diversificar seus investimentos de longo prazo sem pagar o come-cotas, que é aquele adiantamento de 15% do Imposto de Renda que o governo debita automaticamente dos fundos de investimentos em maio e em novembro.

GESTÃO, GESTÃO E GESTÃO

Investir não é fácil mesmo. Mas um bom investimento começa quando se sabe no que aquele dinheiro será usado no futuro. E, o mais importante, quando você precisará resgatá-lo.

Eu acredito que maiores serão as chances de acerto se os seus investimentos tiverem uma gestão profissional. Em outras palavras, em vez de comprar Tesouro IPCA, CDB, LCI, ações das empresas A, B ou C, entre outros, pode deixar que alguém faça isso por você, e isso é o que os fundos fazem.

Só que isso tem um custo. E aqui entra outra meia verdade: “a de que todo fundo é ruim porque tem taxa de administração.”

É meia verdade porque isso não vale para todos os fundos. Como eu disse no começo desse artigo, pode ser verdade completa se a gestão for medíocre. Mas é uma afirmação que não faz sentido se o fundo tem uma gestão profissional que consegue entregar proteção e retorno em bons e em maus momentos de mercado, na comparação com o que você faria sozinho. Você acha que, mesmo assim, não vale a pena pagar uma taxa de administração?

FAÇA AS CONTAS

Nessa hora, é preciso recorrer à matemática para saber se faz sentido ter todo o trabalho de diversificar e cuidar sozinho dos investimentos de longo prazo. Ou saber se o pagamento da taxa de administração faz sentido porque você está delegando o serviço de escolher suas aplicações para outra pessoa que dedica inteiramente seu tempo para isso. 

Não sou gestora, e sim planejadora financeira CFP®. Meu papel é discutir sobre os objetivos e prazos dos clientes, e ajudá-los a dimensionar todos os lados da sua própria verdade. Assim, conseguem tomar uma boa decisão para si.

Meu trabalho é calcular o valor necessário para a independência financeira na longevidade e descobrir qual é o valor que pode ser investido todo mês para realizar não só esse plano de uma aposentadoria feliz em algumas décadas, mas também os de médio e curto prazos.

É um processo que passa por cálculos para encontrar a rentabilidade real, mas também pelo comportamental e pelo estilo de vida do cliente.

Dá para considerar todos esses fatores sem apoio de um planejador financeiro? Pode ser, mas não será tão fácil, já que temos a tendência de simplificar essa avaliação para tomar uma decisão que nos tire da inércia. 

Está comprovado que é conversando que chegamos às melhores conclusões sobre escolhas que podemos fazer para a nossa vida.

Está cansado de ficar estacionado em cima de meias verdades? Então vamos conversar.

Rejane Tamoto é planejadora financeira CFP® e Sócia da FIDUC Planejamento Financeiro.

Categorias
Artigos

Quem precisa de uma reserva de emergência?

Você, eu e todo mundo que quer proteger o patrimônio e os planos de imprevistos

No começo do ano é comum ouvir a frase “não posso gastar porque tive muitos imprevistos”, além do clássico “estou sem dinheiro”. Frases que se repetem sempre no começo do ano e frequentemente usadas para adiar o início de um plano financeiro.

Também são justificativas usadas por quem não tem uma reserva de emergência, também chamada de colchão financeiro.

Essa reserva deve ser o equivalente a seis meses de despesas mensais, mas isso também depende do fluxo de receita de cada pessoa.

Quem tem uma renda que é variável, como um prestador de serviço autônomo, deve ter uma reserva mais robusta, inclusive para cobrir os gastos fixos durante as épocas de fraco movimento das vendas.

A reserva deve estar em aplicação de fácil acesso e com rentabilidade conservadora. Afinal, ela é destinada a emergências.

Com reserva, dá para investir com tranquilidade

Sempre que converso com alguém sobre planejamento financeiro e investimentos, questiono bastante a respeito dessa reserva. Ela faz toda a diferença quando se trata da realização de objetivos financeiros, pois protege o patrimônio e até mesmo a realização de planos. Por isso, a resposta ao título desse artigo é: todo mundo deve ter.

Agora que a renda fixa caminha para ter uma rentabilidade menor muitas pessoas ficam propensas a querer investir essa reserva em aplicações de maior risco.

O problema de uma decisão como essa é justamente precisar do dinheiro para uma emergência no dia que esta aplicação estiver em baixa e fizer o resgate. Sempre recomendo que, ao diversificar, mantenha a reserva protegida.

Quando usar uma reserva de emergência?

A reserva de emergência ou colchão de segurança deve ser acessada para dar suporte a uma perda de emprego ou receita, para comprar uma geladeira para substituir a que quebrou, um celular porque o outro foi roubado ou mesmo despesas imprevistas de última hora que são necessárias para realizar um plano sem perder dinheiro.

Sobre esse último exemplo, eu tenho uma história a compartilhar. Em 2017, quando já estava prestes a mudar de carreira, eu e meu marido programamos nossas férias em Nova York.

Conseguimos uma ótima condição na passagem aérea, o mesmo ocorreu na escolha do hotel. Estava tudo certo para irmos na segunda metade do meu período de 30 dias de férias – já que eu ainda era CLT. 

Eis que, no meu primeiro dia de férias, piso em falso em um degrau e lesiono o ligamento do pé esquerdo. No pronto-socorro, o ortopedista informa que devo ficar imobilizada por um mês. Se viajasse, teria que ficar sentada. A primeira reação foi pensar em cancelar tudo – afinal, como eu iria para uma cidade tão efervescente para passear se teria que  ficar sentada?

Pensei de novo, calculei e percebi que realmente não valia a pena cancelar. Além de perder dinheiro com o que eu já havia pago, havia o principal prejuízo – o emocional – que era passar um mês inteiro lamentando o machucado presa em casa.

Recorri então à reserva de emergência e aluguei uma scooter (muito comum nos Estados Unidos para quem tem mobilidade reduzida) para circular pela cidade. Mas antes li muito sobre o quão acessível é a cidade de Nova York. E de fato é.

Fiz praticamente 90% do que planejei na cidade usando a scooter e as muletas. Havia rampas por todos os lados e motoristas de ônibus e de app de transporte que sempre me estendiam uma rampa. Aumentei um pouco o orçamento da viagem, mas ganhei upgrade gratuito no quarto de hotel – para um acessível e mais amplo. E o maior ganho foi realizar o meu plano.

Inimiga da reserva é a confiança excessiva

Então, quando falo com clientes sobre a importância de ter colchão financeiro, alguns esboçam um olhar abstrato. Outros entram em negação. Afinal, quem pode imaginar que vai machucar gravemente o pé no primeiro dia de férias? Ninguém. Eu pelo menos nunca pensei que minha reserva fosse ser usada para isso.

A dificuldade de compor e recompor essa reserva está relacionada ao viés comportamental da confiança excessiva. É aquela frase de bolso que fica na cabeça dizendo: “comigo isso não vai acontecer”. E assim, achando que tudo sempre vai dar certo, a pessoa se arrisca bastante.

Como escapar dessa confiança excessiva, que pode trazer um prejuízo financeiro futuro? Conversando com alguém de sua confiança. Um planejador financeiro pode ajudar a mensurar os riscos e calcular qual o tamanho certo dessa reserva. E então? Está pronto para superar os imprevistos?

Categorias
Artigos

O que você precisa saber se não gosta de cuidar das suas finanças

Um levantamento confirmou em números o que muitos já sabem ou até desconfiam: 58% dos brasileiros não gostam de dedicar tempo para cuidar das próprias finanças.

A pesquisa é do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC) e da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e foi realizada com 805 consumidores acima de 18 anos, de ambos os gêneros e de todas as classes sociais nas 27 capitais.

Com esse percentual alto, resolvi fazer um post para a turma que não gosta de dedicar tempo para cuidar do próprio dinheiro.

Nem preciso repetir que uma solução para sair dessa encrenca de não cuidar das finanças é ter uma assessoria financeira personalizada, não é?

Porque cuidar das finanças pessoais demanda, além de conhecimento técnico sobre o assunto, um trabalho de autoconhecimento.

É preciso saber que tudo o que está por trás dos números significa na sua vida e como você se sente em relação a isso. E como planejadora, ajudo nessa busca.

Parece papo de terapeuta – e até é -, mas traz um resultado positivo para as suas finanças.

Já vi cliente que, nas primeiras reuniões de planejamento financeiro, não suportava olhar para a planilha pois não queria encarar os valores que estava gastando todo mês.

Depois de um trabalho personalizado, tomou gosto pela anotação, pois, com a minha ajuda, aprendeu a pensar e a cuidar do próprio dinheiro.

BARREIRA TAMBÉM É EMOCIONAL

Fico tão feliz quando vejo outra pessoa satisfeita e orgulhosa por ter ultrapassado essa barreira, que é 90% de raiz emocional.

O levantamento que citei no começo do texto mostra um pouco da importância do planejamento financeiro que faço, um trabalho que envolve aspectos técnicos e comportamentais.

O estudo mostra que 91% dos consumidores não fazem o controle do orçamento por não terem familiaridade com a matemática e 45% afirmaram que gastam muito por impulso.

CONSEQUÊNCIAS NEGATIVAS

Uma consequência de não cuidar das finanças é o endividamento excessivo, causado pelo descontrole. A pesquisa mostra que 17% dos respondentes precisam do socorro do cartão de crédito e do limite do cheque especial para pagar as contas do mês.

Pior: mais trabalhoso do que preencher planilhas de orçamento para controlar os gastos é ter de reorganizar e consolidar dívidas. Além de trabalho, leva tempo, que também é precioso.

Outro dado triste da pesquisa é que 48% nunca ou somente às vezes planejam seus recursos para realizar um sonho. A pesquisa mostra que 38% nem sempre têm planos para o futuro.

Quando iniciamos o processo de planejamento financeiro, conversamos de forma a resgatar esses planos e sonhos muitas vezes perdidos. E investimos para realizá-los. Afinal, o que seria da vida sem os sonhos e sem a esperança de um amanhã melhor?

 

 

Categorias
Artigos

Sabe qual dinheiro não aceita desaforo? O que não foi investido

Quando se aprende a gastar menos do que se ganha, ou aumentar a renda sem elevar as despesas na mesma proporção, surge um fenômeno que causa um misto de prazer e desconforto em alguns investidores: onde investir o dinheiro parado em conta-corrente?

A sensação de prazer é óbvia, já que foi resultado de esforço, disciplina e foco em economizar para um objetivo – não importa se ele é claro ou vago.

Quando isso acontece, percebemos que somos capazes de criar o hábito de poupar e que temos o poder de guiar os números e não ser guiado por eles. Maravilhoso, não é?

MEDO DE ‘ESCOLHER ERRADO’ GERA DESCONFORTO

Mas em seguida vem o desconforto, causado pela dúvida sobre onde aplicar e o medo de fazer a escolha errada e de se arrepender. É natural, porque, primeiramente, existem milhares de opções no mercado financeiro.

Se você abre a plataforma de uma corretora, fica em dúvida. E, se for ao banco perguntar ao gerente, pode receber uma recomendação que não é exatamente a melhor para você.

O que observar antes de escolher? Maior rentabilidade? Prazo? Taxas? Impostos? É de causar um nó na cabeça de quem não entende sobre o assunto e quer comparar.

A INÉRCIA CORRÓI O SEU PODER DE COMPRA

Quando vem esse sentimento, três caminhos são possíveis. O primeiro é deixar como está, permanecer na inércia. O perigo é que, enquanto o dinheiro está lá, o poder de compra é corroído pela inflação.

Quem está nesse ponto deve, no mínimo, guardar o valor em um aplicação simples, como a poupança, até decidir onde alocar o recurso.

Nesse caso, lembre-se: o ganho da poupança praticamente tem empatado ou sido menor do que a inflação. Então, deixar o recurso estacionado na caderneta também não resolve o problema.

O outro caminho é o mais nocivo: gastar tudo e depois não se lembrar para onde foi aquele dinheiro que estava “sobrando”.

Eu já vi isso acontecer com pessoas que conseguem guardar, mas ao mesmo tempo não resistem às tentações do consumo. Para elas, o melhor pode ser colocar em uma aplicação automática.

O terceiro caminho possível – e agora puxo a sardinha para o meu serviço – é buscar auxílio profissional e feito sob medida.

PRIMEIRO PASSO: DEFINIR OBJETIVOS E PRAZOS

É nesse ponto que acabo conhecendo muitos de meus clientes. No processo de planejamento financeiro pessoal, colocamos um objetivo para esses recursos que estão parados em conta e um prazo para que fiquem aplicados.

Esse é o primeiro passo para tornar a escolha mais fácil.

A diferença de fazer o investimento durante um processo de planejamento é que as necessidades do cliente ficam sempre em primeiro lugar, e não as do banco e nem da corretora. Isso torna a escolha mais segura.

CONHEÇA O SEU COMPORTAMENTO FINANCEIRO

Além disso, nesse processo o planejador pode fazer uma análise comportamental do investidor – diferente da análise de perfil de risco (o formulário que você preenche para o banco ou corretora), que é obrigatória.

Ambos são importantes e auxiliares nesse processo, mas a diferença é que, na análise comportamental, o próprio investidor passa a perceber como reage a diferentes cenários quando o assunto é dinheiro.

Assim, sabe quais são os impactos positivos e negativos dessas reações nas decisões que ele toma em relação ao próprio dinheiro.

TER UMA PLANEJADORA É UM DIFERENCIAL

Com o apoio de uma planejadora financeira, consegue evitar erros que sempre se repetiram em sua vida na tomada de decisão.

Assim, acredito que há uma combinação de fatores que levam ao sucesso no processo de escolha dos investimentos.

O investidor precisa entender no que está aplicando seus recursos, investi-los com objetivos e prazos claros, ter autoconhecimento suficiente para saber qual o seu perfil de risco e de comportamento financeiro.

Acima de tudo, contar com alguém que trabalha apenas em prol de seus interesses. Esse é o meu clube.

 

 

Whatsapp
Vamos planejar?
Bem-vindo! Vamos planejar suas finanças?