Rejane Tamoto

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Detox financeiro: contra excessos de festas, férias e folia

É sempre assim: no país do carnaval, o ano só começa depois do fim dos três Fs que consomem a rotina das pessoas de dezembro a março: as festas, as férias e a folia. Esse trio deixa marcas não só na balança e nas taxas de colesterol, mas também no bolso.

Quem tem planejamento financeiro provavelmente está preparado para passar por essa fase sem enxaquecas, mas mesmo assim eu indico o detox financeiro. Para quem não deixou uma reserva para essa época, então, nem se fala.

Assim como o detox alimentar que adotamos para limpar o organismo a fim de resgatar o equilíbrio do corpo e da mente, o detox financeiro é indicado para restaurar a saúde da conta bancária e do bolso.

Se no alimentar temos que misturar vegetais com frutas e tomar sucos e chás mirabolantes, no financeiro o exercício é procurar as gordurinhas no orçamento, principalmente aquelas que a gente não consegue ver de jeito algum.

DÁ PARA FAZER SEM SOFRER

É claro que não proponho aqui uma prática que traga sofrimento e nem aquela dor de eliminar pequenos prazeres para ter mais dinheiro. Nada disso. Se assim fosse, eu indicava uma dieta – e das mais radicais.

O detox tem uma característica interessante porque pode levar a uma reeducação alimentar, transformando o consumo desses alimentos saudáveis em hábito. É colocar para dentro vitaminas e minerais e para fora aquilo que não te pertence (ou não deveria pertencer).

E como fazer isso sem sofrer? Bom, se na alimentação podemos promover substituições de alimentos gordurosos por alimentos saudáveis e gostosos, nas finanças o detox segue o mesmo princípio.

O EXERCÍCIO DO CORTE CONSCIENTE

No exercício de emagrecer suas despesas, comece olhando para os serviços fixos que você contrata e analise o quanto realmente está sendo utilizado.

Isso mesmo. Quantos minutos são consumidos em cada uma das linhas telefônicas, quantos MB de internet versus quanto tem direito, quantos canais realmente são assistidos na sua TV por assinatura e por aí vai…

É pensar mais no que estou usando de tudo que pago – incluindo academia e clubes.

Depois analise as demais despesas sempre com a pergunta em mente: preciso mesmo gastar sempre com as mesmas coisas? Quantos livros que comprei eu li? Tudo tem de ser mantido da mesma forma? Ou há uma maneira mais criativa de reduzir o gasto e continuar desfrutando do serviço?

Às vezes compramos coisas que não usamos quando na verdade podemos vendê-las em sites ou levá-las para feiras de trocas e descobrir um objeto ou adereço interessante. Essa é uma das vertentes do consumo consciente.

SIMPLIFIQUE

Conheço pessoas que compartilham planos de serviços de streaming, por exemplo. Na verdade, são medidas muito simples que em nada diminuem o acesso a serviços que você tem, mas que fazem um bem danado ao bolso.

Se a gente coloca a cabeça para funcionar, saem muitas ideias desse detox, mas elas sozinhas não são suficientes. É preciso colocar em prática. Decidiu ver outras opções de planos de internet ou de telefonia? Então pesquise e estipule um prazo para decidir pela mudança.

Afinal, a preguiça também é inimiga do detox – e não só do financeiro.

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Quanto dinheiro você precisa para ter um planejador ao seu lado?

“Quando eu for rica falo com você. Não tenho dinheiro o suficiente”

“Se eu conhecer alguém que precisa, eu te aviso”

Essas são as frases mais comuns que escuto ao dizer que sou planejadora financeira. Afinal, essa é a primeira imagem que as pessoas têm em mente quando ouvem falar dessa profissão, que é tão recente no Brasil.

Essas afirmações não estão totalmente incorretas, já que pessoas dotadas de fortuna sempre tiveram acesso ao planejamento financeiro, seja por meio de atendimento exclusivo nas instituições financeiras com quem mantêm relacionamento, seja por meio de casas especializadas, os chamados family offices.

O outro lado também é verdadeiro, já que a mídia sempre divulga os mutirões para ajudar a organizar as finanças de pessoas que estão com a corda no pescoço. Uma iniciativa interessante nessa direção é o programa voltado para superendividados do Procon.

E COMO FICA QUEM NÃO ESTÁ NEM TÃO AO CÉU E NEM TÃO À TERRA?

Mas o que acontece com quem não está nem tão ao céu e nem tão à terra? Bom, com essas pessoas, que um dia fui eu e hoje pode ser você, a novela é sempre a mesma.

A gerente do banco liga oferecendo capitalização, previdência, às vezes pedindo quase como um favor pessoal pelos “anos de relacionamento”, ou barganhando um desconto na mensalidade se você aplicar suas economias no fundo x ou y. Às vezes nem liga e você vai sozinho pesquisar o que fazer.

Essa gerente está fazendo o trabalho dela, é claro, e longe de mim demonizar o que ela faz, já que conheci várias, inclusive nos cursos de planejamento que frequentei.

O que importa aqui não é julgar, mas é lembrar que uma profissional dessa está fazendo o trabalho dela para o banco ou corretora a qual está vinculada – mas não para você, para atender somente aos seus interesses.

CUIDADO COM O ‘ALMOÇO GRÁTIS’

Encontrar alguém que te ajude a transformar sua vida financeira positivamente e de graça será impossível. Não existe almoço grátis mesmo. E quem tenta provar isso acaba tendo uma indigestão no final.

E é aí que entra o trabalho do planejador financeiro, que pode cobrar uma mensalidade, um valor fechado ou um determinado percentual do seu patrimônio sob gestão por um serviço completo.

O planejamento completo que eu faço, por exemplo, inclui uma avaliação do seu perfil de comportamento para que cada solução seja adaptada a você.

Então, sob medida, ajudo o cliente a gastar menos ao fazer uma completa revisão do orçamento (e isso também é um ganho), a economizar e ao mesmo tempo escolher os seguros que realmente fazem sentido para a pessoa, a tornar mais eficiente o pagamento de impostos, a adotar estratégias que otimizam a sucessão familiar e – claro – a investir os recursos da melhor maneira possível, para os projetos de hoje, de amanhã e da independência financeira/aposentadoria.

É como se você tivesse acesso a um nutricionista, academia e terapeuta ao mesmo tempo, cuidando de você como um todo, mas no caso tudo que envolve sua vida financeira, por um valor único.

O QUE É MUITO PARA VOCÊ?

Precisa ter muito dinheiro para fazer isso?

Na minha sincera opinião? Não. Até por que você já deve ter pago por esses serviços que mencionei acima em algum momento de sua vida. Ou ainda vai pagar.

Mas o que é muito para mim pode ser pouco para você. Por isso, antes de dizer alguma das frases do começo desse artigo, faça uma cotação. Essa é grátis e não provoca indigestão.

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